9 de abril de 2013

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Lucas psg camisa messi barcelona  (Foto: Alexandre Lozetti)

Uma luta pela camisa do craque .
-"O Maxwell jogou com ele, eles são amigos. Ele pediu para o Messi trocar comigo, e ele aceitou numa boa. Como ele saiu no intervalo, eu pedi para o Daniel Alves, que disse que estava tudo certo. No fim do jogo, o Daniel levou a camisa do Messi para mim, e pegou a minha para dar a ele "

Entrevista ao GloboEsporte.com 

Enfrentar o Barcelona foi a realização de um sonho, talvez um dos maiores no futebol europeu?
LUCAS: Sem dúvida, foi uma experiência maravilhosa. Com apenas 20 anos poder disputar uma Liga dos Campeões contra o Barcelona é muito bacana. Estou aprendendo muito, procurando tirar o máximo proveito dessa experiência. Foi uma honra, um prazer, como está sendo tudo para mim.

Você disse que está aprendendo muito. Em que seu futebol mais melhorou até agora?Aprendi bastante na parte tática, melhorei meu posicionamento. Tenho que jogar sem a bola, né. Aqui cobram muito, todo mundo tem de marcar, fazer sua função dentro de campo. No Brasil aposta-se muito na qualidade técnica, e a parte tática fica um pouquinho de lado.
E o Ancelotti é um cara paciente para te ensinar tudo isso? A relação com ele é boa?Ele é uma pessoa muito bacana, do bem, tem paciência para falar o que quer que eu faça. A gente usa bastante os brasileiros para me ajudarem na comunicação quando não entendo o que ele fala, mas é uma pessoa excelente.
A situação do PSG é difícil na Liga. A classificação é possível?Aquela ansiedade de jogar contra o Barcelona, viver um sonho de criança, passou no primeiro jogo. Deu para tirar um pouquinho do nervosismo. Agora é entrar com a cabeça mais tranquila. Eles têm uma grande equipe, são favoritos, mas a gente tem elenco para vencer, passar à próxima fase. Vamos nos concentrar bastante, focar no jogo. Será mais um jogo da minha vida.
E o Messi? Como foi enfrentá-lo?Ele é diferente, não é a toa que foi eleito quatro vezes o melhor do mundo. Sou fã dele, é meu ídolo, muito rápido, forte, pega a bola e vai sempre em direção ao gol com muita qualidade. Foi uma honra enfrentá-lo.
O que mais te impressionou nele de dentro do campo?A qualidade de conduzir a bola muito próxima do pé e a força quando arranca. É muito difícil parar, ele não cai, vai sempre em direção ao gol com dribles curtos. É muito imprevisível.
Então você torce para ele não se recuperar a tempo de jogar na quarta?(risos) Se ele puder ficar fora iria nos ajudar. Ele é um astro, um ídolo, um gênio. Se ele jogar, espero que não esteja tão inspirado.
E você ficou com a camisa dele?Pois é, consegui pegar. Minha mãe pediu, e eu também já queria. Comentei com o Maxwell, que jogou com ele, é amigo, e pedi para ele falar com o Messi, que aceitou numa boa. Como ele saiu no intervalo, pedi para o Daniel Alves, que disse que estava tudo certo. No fim do jogo, o Daniel levou a camisa do Messi para mim, e pegou a minha para dar a ele.
Então o Messi também está com a sua?
Se o Daniel não pegou para ele, sim (risos).
Além da parte tática, que diferenças você destaca do futebol europeu para o brasileiro?
A estrutura dos estádios. É tudo organizado, certinho, as pessoas ficam bem próximas do campo. Não tem a violência que existe ainda entre torcidas no Brasil, com ônibus apedrejados, quebrados. O gramado é bem ralinho, sempre molhado. O clima é diferente, estava muito frio, agora já tem até sol. Sem falar que o estádio está sempre lotado com 40 mil pessoas, isso torna cada jogo muito emocionante.
E a torcida tem gritado seu nome em todos os jogos. Você sente esse carinho?
É verdade, eu sinto, e estou muito surpreso com isso. Apesar de já estar adaptado, não totalmente, eu não esperava por isso tão rapidamente. Tenho muito a melhorar ainda, mas gritam meu nome nos estádios, nas ruas. Havia uma expectativa muito grande na época da transferência, e estou conseguindo conquistar cada um aos poucos. É um carinho enorme, e me deixa muito contente.
Falta o primeiro gol, não é? Está ansioso?
Fica sempre a ansiedade de marcar o primeiro gol na Europa, na Liga dos Campeões, no Campeonato Francês, e poder comemorar com a torcida. Mas o importante é a equipe vencer, e eu conseguir ajudar. Na hora certa vai sair. Toda hora é boa, mas logo vai sair, e aí vai abrir a porteira.
O PSG abriu sete pontos, está perto do título francês. É importante ganhar logo um campeonato para consolidar sua passagem e também o investimento do clube?
Sem dúvida, está se aproximando. É difícil, ainda faltam alguns jogos, mas temos tudo para sermos campeões, e coroarmos essa nova era do PSG, que não conquista um título faz tempo. Seria maravilhoso chegar campeão, quero ganhar tudo que disputo.

Quais as melhores e piores coisas de se morar em Paris?


São vários pontos positivos: a cidade é linda, encantadora, em cada canto há uma coisa diferente para se admirar, tirar foto, os restaurantes. A pior, sem dúvida, é a saudade do Brasil, dos amigos, da família, minha casa em São Paulo.
A Copa das Confederações, mesmo fora de São Paulo, pode te ajudar a matar essa saudade?
Sem dúvida. Seja onde for, espero estar lá para matar a saudade de estar com nosso povo. Apesar de todas as dificuldades, é o nosso país, o país que a gente ama, conhece a cultura, e só esse entusiasmo de falar a língua portuguesa nos motiva ainda mais. Jogar no Brasil será uma inspiração grande, sabendo que teremos a torcida do nosso lado, com mais cobrança também, mas poderemos fazer bons jogos com a empolgação da torcida.






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